OAB SUBSEÇÃO DE PORTO SEGURO APOIA AS REIVINDICAÇÕES CONTIDAS NA PAUTA DA CIDADANIA
A Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB), o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e
diversas outras entidades da sociedade civil realizarão ato público
nesta segunda-feira (24), às 10 horas, na sede do Conselho Federal da
OAB para aprovar uma pauta de reivindicações que espelhe a vontade das
manifestações ocorridas em todo o país nos últimos dias.“Queremos dar
concretude às justas reivindicações que ecoam nas ruas”, afirmou o
presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado.
Serão discutidos os seguintes pontos de pauta da cidadania:
1.
Projeto de lei de iniciativa popular com uma reforma política que ataque
a corrupção eleitoral, assegure a ampla liberdade de expressão na
Internet, além de estimular a criação de comitês de controle social de
gastos públicos, inclusive os relativos à Copa do Mundo e sobre
planilhas de transporte coletivo.
2. Ampliar investimento em, saúde e educação, com 10% do Orçamento Geral da União e do PIB, respectivamente.
3. Criação, urgente, de um Código de Defesa dos Usuários de Serviços Públicos.
Segundo
Marcus Vinicius Furtado, a principal queixa da sociedade brasileira no
momento é a questão da corrupção administrativa, que afeta a eficiência
dos serviços públicos e decorre do sistema eleitoral que permite a
doação de recursos financeiros por pessoas jurídicas. “As empresas não
podem ter partido ou opção política, pois o poder emana do povo e
empresa não compõe o conceito de povo e, logo, não pode influir no
resultado das eleições”.
Os temas
que constarão do anteprojeto de lei de reforma política por iniciativa
popular são a defesa do financiamento democrático das campanhas, do voto
transparente e da liberdade de expressão na Internet. “Não adianta
apenas se queixar da corrupção sem combater a raiz do problema, que é a
forma de financiamento das campanhas eleitorais no Brasil”, afirmou
Marcus Vinicius. “Defendemos o financiamento democrático das campanhas,
para que todos os políticos tenham um mínimo de estrutura para
apresentar suas ideias sem se submeter a relações espúrias com
empresas”, acrescentou.
Abrangência
O ato
público da próxima segunda-feira abordará outros temas considerados
importantes para dar vazão institucional às reivindicações da sociedade.
O primeiro deles é o projeto Saúde+10, que busca reunir 1,4 milhão de
assinaturas para um projeto de lei, também de iniciativa popular, que
determina a destinação de 10% da receita bruta do governo federal para a
saúde pública.
“O que a
população mais sente hoje é a dificuldade no atendimento hospitalar. É
preciso investir de forma maciça para melhorar a qualidade do
atendimento à saúde das pessoas nos hospitais, onde a população mais
sente a perversidade do Estado”, afirmou Marcus Vinicius. Outro ponto
que será defendido é o projeto de lei que prevê que o Brasil deve
aplicar 10% do seu PIB na educação. O projeto, já aprovado na Câmara,
tramita no Senado.
O
terceiro ponto será a constituição de um comitê da sociedade para
controle social dos gastos públicos, no acompanhamento do cumprimento da
lei de acesso à informação e da Lei da Transparência por parte de
governos federal, estadual e municipais. Na avaliação do presidente
nacional da OAB, a Lei da Transparência deve ser aplicada inclusive com
relação aos gastos com a Copa das Confederações e do Mundo. “A sociedade
aguarda que essas despesas também sejam incluídas na Lei da
Transparência e possam ser detalhadamente explicadas à sociedade”,
acrescentou.
O ultimo
ponto que o movimento também abordará será a aplicação do Código de
Defesa do Consumidor em favor dos usuários dos serviços públicos,
conforme a Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão ajuizada
pela OAB (leia aqui).
“É uma
obrigação das instituições da sociedade civil, como também dos entes
governamentais, o acolhimento das reivindicações que ecoam nas ruas,
para transformá-las em realidade. Esse é o papel das instituições: ter a
sensibilidade de ouvir a sociedade e acolher esse sentimento, dando
concretude ás vozes que vem das ruas”, afirmou o presidente da OAB.
Fonte: Site Conselho Federal OAB
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